Diário de Classe Prof. Enilson

"Nâo tenho respostas, mas são diversas as perguntas... questiono, porque me é de direito, e obrigação comigo mesmo... Atuo, pois não sou covarde, não tenho medo de errar... o meu medo é de não fazer, e por isso SOU INCÔMODO... Se estou certo, ou você, só será justo o julgamento, quando ja passadas forem as gerações, que não possam tão intensamente sofrer efeitos de nossas decisões..."

terça-feira, 10 de julho de 2012

foto meramente ilustrativa aguardando tecnólogo para postar fotos do evento.

 Manifesto 

 Defendemos que um programa político deve estar assentado nos seguintes pressupostos: 

 - no reconhecimento de que os problemas que afetam a vida das pessoas são globais e não apenas locais, pois derivam dos processos históricos e econômicos que engendram a sociedade; 

 -na consciência de que na sociedade coexistem forças antagônicas e inconciliáveis; 


- na convicção de que no debate, a despeito das diferentes visões de mundo, é possível construir projetos de interesse público que contribuam para a melhoria da qualidade da vida das pessoas.  


Portanto, um mandato deve representar um projeto de interesse coletivo e não pessoal. 
Deve desempenhar o relevante papel de fortalecer a cidadania e propiciar que as pessoas participem do mandato e se tornem co-responsáveis por ações que visem à construção de uma cidade mais sustentável, justa, saudável e generosa.
 Assim, deve ter compromissos com as lutas populares e dos trabalhadores, com o meio ambiente, com o desenvolvimento sustentável, com a cultura e a educação.
 Lutar por uma cidade que contemple as nossas necessidades de viver melhor é um desafio que possibilita unir pessoas que em diferentes campos de atuação comunguem nas mesmas aspirações. 

 Por isto, convidamos as pessoas que compartilhem estas ideias para aderirem ao grupo suprapartidário que passamos a denominar “Diário de classe”

 Julho 2012
RIO GRANDE, 09 DE JULHO DE 2012.

 DIÁRIO DE CLASSE 
 Prof. ENILSON 40640 


                Minha vida sempre foi de luta, pois sempre entendi a injustiça do sistema instituído e a necessidade de unir forças para avançar, mesmo sabendo que o IDEAL distante, avança passo a passo e com revezes.

 No Movimento Estudantil onde presidi o DCE da FURG e o DA de Pedagogia, nos Movimentos Populares, nas atividades partidárias, onde estou a 20 anos no PSB, tendo sido seu presidente, diretor de campanhas e hoje membro do Diretório Estadual. 

 A luta mais constante e mais visível, é a que faço no Magistério, sendo um PROFETA dos nossos desencantos, talvez nem sempre tenha apoiado a melhor solução, mas com certeza, sempre combati com antecedência as politicas que nos levaram a situação que hoje estamos. Neste contexto sou hoje DIRETOR ESTADUAL DO CPERS (licenciado para a campanha).

 Lutar é a minha vida, mas escolhi EDUCAR como MINHA ATITUDE, pois entendi que é necessário preparar o futuro para as mudanças necessárias, visto que a correlação de forças nos faz avançar lentamente, e neste processo aderi e defendo sempre a formação da CONSTITUINTE ESCOLAR do Governo Olívio, período de maior alegria do magistério.

 Este processo me levou ao compromisso em dirigir o GETÚLIO, onde estou como DIRETOR a 4 mandatos e 10 anos. De todas as minhas lutas, esta é a que mais me alegra, pois foi no bom combate onde CONSTRUIR foi minha meta, e as realizações deste período falam por si. Ver a comunidade feliz em ambiente familiar, professores e ALUNOS se realizando através das oportunidades do GETÚLIO me gratificam, pois sei que minha vida fui capaz de CONSTRUIR. 

 Venho neste momento, oferecer a comunidade de Rio Grande minha EXPERIÊNCIA par ajudar a construir OUTRA CIDADE POSSÍVEL, sustentável, planejada , com justiça e reconhecimento as pessoas qualificadas que nela vivem e querem participar dos processos de transformação.

 Nestes pressupostos apresento MINHA CANDIDATURA A VEREADOR na eleição de 2012, pelo PSB 40 em coligação com o PT 13 Alexandre para Prefeito.

 Prof.  ENILSON 40640

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Greve Geral - Boaventura de Souza Santos

clairton s. lopes clairtonlopes68@ig.com.br para mim
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Boaventura de Souza Santos, intelectual contemporâneo que se destaca a nível mundial, nas Ciências Sociais, com contribuições atuais com garantia de tornar-se clássico a ser lido não nas melhores Universidades Européias, como por aqueles países como Brasil, que tem muita produção nas Ciências Sociais, destaques que quando atuam no campo da organização da cultura, debate de implementação de políticas públicas, na teoria e produção de conhecimentos sociológico, antropológico e teoria sócio-política, não conseguem afirmação por ter sua produção nascido e morrido como exercício intelectual intra-muros da Academia. Belas soluções inaudíveis, pois seu alcance médio não ultrapassou os dos seus pares, perfeitos na solução fruto de divagações filosóficas sem verdadeira leitura local e com uma razão sensível ao contexto brasileiro, como lemos e escutamos Fernando Henrique Cardoso, pedir que esquecessem o que escreveu. Ainda bem, que Florestan Fernandes ainda em vida reconheceu não o reconhecendo como o Teórico do capitalismo dependente, pois sua atuação política era a de criou maior dependência, com os novos personagens em cena que agora eram as agências multilaterais que continuam lideradas pela burguesia internacional, composta pelos gestores das empresas multinacionais e pelos dirigentes das instituições financeiras internacionais, com outras rubricas, mesma face, mesmo modelo de “globalização”. Boaventura Santos era o grande orgulho de parceria intelectual, época que o atual Secretário era da equipe da secretaria de educação de Porto Alegre. Pena que não passou de admiração, porque Boaventura de Souza Santos continua orgânico e comprometido com A GREVE GERAL DE PORTUGAL, e como veremos em seu belo artigo o Secretário da Educação do RS Clóvis Azevedo, para ele passou a ser um inimigo de classe.


A Greve Geral Boaventura de Souza Santos
17 Novembro 2011
A Greve Geral
As greves gerais foram comuns na Europa e nos EUA no final do
século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Suscitaram grandes
debates no interior do movimento operário e dos partidos e movimentos
revolucionários (anarquistas, comunistas, socialistas). Discutia-se a
importância da greve geral nas lutas sociais e políticas, as condições para o
seu êxito, o papel das forças políticas na sua organização. Rosa
Luxemburgo (1871-1919) foi uma das mais destacadas presenças nesses
debates. A greve geral – que nunca deixou de estar presente na América
Latina e ressurgiu com força na Primavera do Norte de África – está de
volta na Europa (Grécia, Itália, Espanha e Portugal) e nos EUA. A cidade
de Oakland, na Califórnia, que ficara conhecida pela greve geral de 1946,
voltou a recorrer a ela no passado dia 2 de Novembro e, na primavera deste
ano, os sindicatos do estado de Wisconsin aprovaram a greve geral no
momento em que a cidade de Madison se preparava para ocupar o edifício
do parlamento estadual – o que fez com pleno êxito – em luta contra o
Governador e a sua proposta de neutralizar os sindicatos, eliminando a
negociação colectiva na função pública. Qual o significado deste regresso?
Sendo certo que a história não se repete, que paralelismos se podem fazer
com condições e lutas sociais do passado?
De âmbitos diferentes (comunidade, cidade, região, país), a greve
geral foi sempre uma manifestação de resistência contra uma condição
gravosa e injusta de carácter geral, ou seja, uma condição susceptível de
afectar os trabalhadores, as classes populares ou até a sociedade no seu
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conjunto, mesmo se alguns sectores sociais ou profissionais fossem mais
directamente visados por ela. Limitações dos direitos cívicos e políticos,
repressão violenta do protesto social, derrotas sindicais no domínio da
protecção social e deslocalizações de empresas com impacto directo na
vida das comunidades, decisões políticas contra o interesse nacional ou
regional (“traições parlamentares” como a opção pela guerra ou pelo
militarismo), estas foram algumas das condições que no passado levaram à
decisão pela greve geral. No início do século XXI vivemos um tempo
diferente e as condições gravosas e injustas concretas não são as mesmas
do passado. No entanto, ao nível das lógicas sociais que lhes presidiram há
paralelismos perturbadores que fluem nos subterrâneos da movimentação
para a greve geral do próximo dia 24 de Novembro em Portugal. Ontem,
foi a luta por direitos de que as classes populares se consideravam
injustamente privadas; hoje, é a luta contra a perda injusta de direitos por
que tantas gerações de trabalhadores lutaram e que pareciam ser uma
conquista irreversível. Ontem, foi a luta pela partilha mais equitativa da
riqueza nacional que o capital e o trabalho geravam; hoje, é a luta contra
uma partilha cada vez mais desigual da riqueza (salários e pensões
confiscados, horários e ritmos de trabalho aumentados; tributação e
resgates financeiros a favor dos ricos – o “1%”, segundo os ocupantes de
Wall Street – e um quotidiano de angústia e de insegurança, de colapso das
expectativas, de perda da dignidade e da esperança para os “99%”). Ontem,
foi a luta por uma democracia que representasse o interesse das maiorias
sem voz; hoje, é a luta por uma democracia que, depois de parcialmente
conquistada, foi esventrada pela corrupção, pela mediocridade e
pusilanimidade dos dirigentes e pela tecnocracia em representação do
capital financeiro a quem sempre serviu. Ontem, foi a luta por alternativas
(socialismo) que as classes dirigentes reconheciam existir e por isso
reprimiam brutalmente quem as defendesse; hoje, é a luta contra o senso
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comum neoliberal, massivamente reproduzido pelos media subservientes,
de que não há alternativa ao empobrecimento das maiorias e ao
esvaziamento das opções democráticas.
Em geral, podemos dizer que a greve geral na Europa de hoje é mais
defensiva que ofensiva, visa menos promover um avanço civilizacional do
que impedir um retrocesso civilizacional. É por isso que ela deixa de ser
uma questão dos trabalhadores no seu conjunto para ser uma questão dos
cidadãos empobrecidos no seu conjunto, tanto dos que trabalham como dos
que não encontram trabalho, como ainda dos que trabalharam a vida inteira
e vêem hoje as suas pensões ameaçadas. Na rua, a única esfera pública por
enquanto não ocupada pelos interesses financeiros, manifestam-se cidadãos
que nunca se participaram em sindicatos ou movimentos nem imaginaram
manifestar-se a favor de causas alheias. De repente, as causas alheias são
próprias.

domingo, 27 de novembro de 2011

A Greve, O CPERS, e o Governo

A Greve deste final de 2011, era cobrada por muitos, e na minha opinião já tardia,
embora NECESSÁRIA. Deviam os trabalhadores em educação ter se alertado, quando parte da categoria se alvorou em aplaudir o aumento de 10%, sem uma proposta concreta de calendário. Mas tornou-se INEVITÁVEL,

quando em momento de trégua o GOVERNO usou o dia da eleição do sindicato, para golpear a categoria apresentando o novo Plano Previdenciário, que desvincula os futuros servidores do Estado do atual IPERGS
( http://www.cpers.org.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2906 )..."cria um Fundo de Capitalização, que joga no mercado financeiro o futuro das aposentadorias dos servidores, aumenta a alíquota de contribuição dos servidores e faz com que as cobranças de contribuições incidam sobre aposentadorias e pensões abaixo do limite de benefícios do Regime Geral."...

..."No Projeto de Previdência, em razão do desconto oferecido às remunerações inferiores a R$ 3.686,66, não serão sentidos efeitos imediatos da nova Lei, em razão dos baixos vencimentos da categoria. A incidência das contribuições sobre os inativos, entretanto, deverá se operar de imediato. Quanto ao Fundo esse se aplicará aos servidores ingressados após a data da edição da Lei, o que também faz com que os problemas sejam sentidos apenas no futuro."...

com estas atitudes o GOVERNO quebrou qualquer DIÁLOGO, deixando a categoria embretada na reação.
Aposta o Governo em derrotar a categoria , e assim mostrar a burguesia que é capaz de gerir o CAPITALISMO, controlando os movimentos sociais.

A partir deste momento , tornou-se a greve, inevitável e esperar colaboração para qualquer projeto de reforma,seria inaceitável visto a quebra de confiança.


Novos ataques do governo ocorreram, já durante as caravanas da educação, que promoviam a GREVE PELO PISO, e verificavam as condições das Escolas e do sistema de educação.

A reforma do ensino médio, além de mal explicada, vem novamente de forma autoritária, dirigida por interesses externos a coletividade da educação estadual, com um claro viés de atender as necessidades econômicas do momento, e de se enquadrar aos projetos federais com disponibilidade de recursos.

coloca-se então o financiamento da educação como mais importante que a qualidade e objetivos da educação.

Esperar para Março, tornou-se então impossível, pois as medidas de reforma são para implantação imediata.