Diário de Classe Prof. Enilson

"Nâo tenho respostas, mas são diversas as perguntas... questiono, porque me é de direito, e obrigação comigo mesmo... Atuo, pois não sou covarde, não tenho medo de errar... o meu medo é de não fazer, e por isso SOU INCÔMODO... Se estou certo, ou você, só será justo o julgamento, quando ja passadas forem as gerações, que não possam tão intensamente sofrer efeitos de nossas decisões..."

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fragilidade Política Motivadora da Violência


Este texto é minha resposta a agressão que sofri com outros companheiros, durante legítima luta.




FRAGILIDADE POLÍTICA MOTIVADORA DA VIOLÊNCIA


Ocorreu em Rio Grande, dia 28 de outubro ato de desagravo contra a violência praticada pelo Governo Estadual através da Brigada Militar. Violência esta sistematicamente aplicada contra os movimentos sociais desde que assumiu o Comando Geral da Brigada Militar, o Coronel Paulo Mendes. O agravante ocorreu dia 16 do mesmo mês durante a Marcha dos SEM, quando entre outros feridos , fui atingido no pescoço, provavelmente por uma bala de borracha.

Tal política sistemática tem sido praticada pelos Governos Tucanos de nosso Estado e de São Paulo. A falta de um projeto político consistente e de ações governamentais competentes justifica a falta de diálogo destes governantes, pois sem uma base ideológica que justifique socialmente suas ações, são obrigados a reprimir os movimentos reivindicatórios para poder manter uma mínima base de apoio criminalizando os movimentos e, portanto impedir que divulguem suas propostas, motivos e objetivos.

Agrava-se a situação com a crise de falência do capitalismo, onde a base social da pirâmide paga a conta das aventuras do vértice, que se realimenta com suas reservas especulando com o trabalho e sacrifício da maioria, e a incontestável ajuda do Estado, que para salvar o capitalismo pode intervir na economia.

Enquanto os Governos Europeus reestatizam os bancos, faltam argumentos ideológicos para os neoliberais tucanos justificarem sua ânsia privatista e protecionista dos seus patrões banqueiros e oligarcas da indústria e da agricultura. O Estado de insolvência da Aracruz, menina dos olhos da Governadora Yeda, os decrescentes índices da Educação do RS, o descontrole da violência urbana, desjustificam o novo jeito de governar prometido em campanha, e como a todo o fraco só sobra uma arma, ”a violência física contra os opositores”.


Enilson Pool da Silva
Diretor da Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas
Rio Grande
Conselheiro 1/mil do 6º Núcleo do CPERS

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