A Greve deste final de 2011, era cobrada por muitos, e na minha opinião já tardia,
embora NECESSÁRIA. Deviam os trabalhadores em educação ter se alertado, quando parte da categoria se alvorou em aplaudir o aumento de 10%, sem uma proposta concreta de calendário. Mas tornou-se INEVITÁVEL,
quando em momento de trégua o GOVERNO usou o dia da eleição do sindicato, para golpear a categoria apresentando o novo Plano Previdenciário, que desvincula os futuros servidores do Estado do atual IPERGS
( http://www.cpers.org.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2906 )..."cria um Fundo de Capitalização, que joga no mercado financeiro o futuro das aposentadorias dos servidores, aumenta a alíquota de contribuição dos servidores e faz com que as cobranças de contribuições incidam sobre aposentadorias e pensões abaixo do limite de benefícios do Regime Geral."...
..."No Projeto de Previdência, em razão do desconto oferecido às remunerações inferiores a R$ 3.686,66, não serão sentidos efeitos imediatos da nova Lei, em razão dos baixos vencimentos da categoria. A incidência das contribuições sobre os inativos, entretanto, deverá se operar de imediato. Quanto ao Fundo esse se aplicará aos servidores ingressados após a data da edição da Lei, o que também faz com que os problemas sejam sentidos apenas no futuro."...
com estas atitudes o GOVERNO quebrou qualquer DIÁLOGO, deixando a categoria embretada na reação.
Aposta o Governo em derrotar a categoria , e assim mostrar a burguesia que é capaz de gerir o CAPITALISMO, controlando os movimentos sociais.
A partir deste momento , tornou-se a greve, inevitável e esperar colaboração para qualquer projeto de reforma,seria inaceitável visto a quebra de confiança.
Novos ataques do governo ocorreram, já durante as caravanas da educação, que promoviam a GREVE PELO PISO, e verificavam as condições das Escolas e do sistema de educação.
A reforma do ensino médio, além de mal explicada, vem novamente de forma autoritária, dirigida por interesses externos a coletividade da educação estadual, com um claro viés de atender as necessidades econômicas do momento, e de se enquadrar aos projetos federais com disponibilidade de recursos.
coloca-se então o financiamento da educação como mais importante que a qualidade e objetivos da educação.
Esperar para Março, tornou-se então impossível, pois as medidas de reforma são para implantação imediata.
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